Faça de conta que somos
duas crianças andando
cantando em frente do mar,
enquanto a noite não vem.
(Pressinto que noite grande
já está à caminho.) Mas faça
de conta que eu não lhe dei
este aviso e vou contando
uma história tão bonita
de um amor que é como o mar
que não se acaba. Pois faça
de conta que é o nosso amor.
E quando a noite descer
e a sombra der no chão,
você vai lembrar a história.
Com ele, faça de conta
que a luz pura do seu dia
me alcança e seremos sempre
duas crianças andando,
cantando em frente do mar.
Mas, amor, faça de conta
que essa história de nós dois
não tem nada de invenção.
MELLO, Thiago de. Acerto de contas. São
Paulo: Global, 2015. p.74
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