Carlos Drummond de Andrade (1902-1987)
Trocaica te amei, com ternura dáctila
e gesto espondeu.
Teus iambos aos meus com força entrelacei.
Em dia alcmânico, o instinto ropálico
rompeu, leonino,
a porta pentâmetra.
Gemido trilongo entre breves murmúrios
E que mais, e que mais, no crepúsculo ecóico,
senão a quebrada lembrança
de latina, de grega,
inumerável delícia?
ANDRADE, Carlos Drummond de. A paixão medida. Rio de
Janeiro: José Olympio, 1980. p.19
*Ilustração de Luis Trimano, do original do livro.
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