Charles Baudelaire (1821-1867)
Os jornais, sem exceção, da primeira à última
linha, não passam dum tecido de horrores. Guerras, crimes, roubos,
impudicícias, torturas, crimes dos príncipes, crimes das nações, crimes dos particulares,
uma embriaguez de atrocidade universal.
É com esse repugnante aperitivo que o homem civilizado acompanha a sua refeição de cada manhã. Tudo, nesse mundo, transpira o crime: o jornal, a muralha e o semblante do homem.
É com esse repugnante aperitivo que o homem civilizado acompanha a sua refeição de cada manhã. Tudo, nesse mundo, transpira o crime: o jornal, a muralha e o semblante do homem.
Não compreendo que uma mão pura possa tocar
num jornal sem uma convulsão de repugnância.
Um comentário:
não resisti: reproduzi no meu blog e no ENTRE-TEXTOS
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